Por Bianca Sampaio
Comunicação Glenif
O 3º Congresso do Glenif de IFRS na América Latina, que reuniu cerca de 160 participantes de diversos países, teve seu segundo dia de palestras nesta quarta-feira (22). Transmitido on-line, com tradução para português, inglês e espanhol, o evento abordou temas relevantes para a aplicação das normas internacionais de contabilidade na região latino-americana.
Entre os assuntos discutidos, estavam as mudanças nas IFRS em vigor a partir de 2023 e 2024; as principais alterações da reforma das IFRS para PMEs; as normas para elaboração de relatórios de sustentabilidade; o projeto internacional sobre entidades sem fins lucrativos e os desafios para a profissão contábil.
O palestrante Jorge Gil, do Conselho Consultivo do Glenif, falou sobre a agenda das normas recentes do International Accounting Standards Board (Iasb, na sigla em inglês) em 2023, sobre novas normas de divulgação de políticas contábeis materiais e sobre os impactos das mudanças nas demonstrações financeiras.
Os palestrantes Ángel Salazar (Peru) e Norelly Pinto (Venezuela), junto com Martín Gonzales (Uruguai), explicaram os efeitos práticos na aplicação da terceira edição das IFRS para PMEs, sobre os princípios da IFRS 15 na seção 23 e as modificações das IFRS para PMEs.
A discussão sobre sustentabilidade contou com a participação de Arturo Rodriguez (México), gerente de Relações Ibero-Americanas da Fundação IFRS; Laura Accifonte (Argentina), coordenadora da Comissão Permanente de Sustentabilidade (CPS) do Glenif; e Jeff Hales, do International Sustainability Standards Board (ISSB, na sigla em inglês). Os palestrantes debateram temáticas como sustentabilidade, normas para elaboração de relatórios, função do profissional da contabilidade e objetivos do ISSB. Eles também apresentaram os aspectos técnicos das normas IFRS S1 e S2, que tratam sobre divulgação climática e requerimentos gerais para a divulgação de informações sobre sustentabilidade.
Na sequência, William Biese, membro do conselho mexicano de Normatização de Relatórios Financeiros (Cinif, na sigla em espanhol) e os palestrantes Karen Sanderson (Inglaterra), do Chartered Institute of Public Finance and Accountancy (CIPFA, na sigla em inglês), e Tim Boyes-Watson, do Humentum (Inglaterra), discorreram sobre o projeto internacional sobre entidades sem fins lucrativos, sobre os desafios e as oportunidades de aplicação dessa norma e sobre os futuros padrões do projeto IFR4NPO – o que incluiu tópicos como a contabilização de subsídios e doações, os serviços de isenções em espécie, as despesas de subvenção e a informação suplementar.
David Madon, diretor de sustentabilidade da International Federation of Accountants (Ifac, na sigla em inglês), prestou esclarecimentos sobre os relatórios de sustentabilidade e os desafios para a profissão, a preparação e a asseguração desses relatórios, além dos principais aspectos da ISSA 5000.
Na oportunidade, a presidente da Ifac, Asmâa Resmouki, explicou o funcionamento do sistema da Ifac, do ISSB, do International Auditing and Assurance Standards Board (Iaasb, na sigla em inglês), do Iasb e a necessidade de consolidar o sistema de divulgação dessas entidades. Asmâa também mencionou os trabalhos e a contribuição do Glenif em criar oportunidades e facilitar o entendimento e aplicação das normas IFRS na América Latina.
Para finalizar, o presidente da Glenif, José Luiz R. de Carvalho, e o vice-presidente, Jimmy Tarrá, destacaram a participação dos palestrantes, enfatizaram como a contribuição de cada um foi enriquecedora e reforçaram a relevância da atuação do Glenif e o papel da entidade na profissão contábil.